Direção e celular: comportamento que não combina

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, dirigir falando ao celular é considerado uma infração média, equivalente a jogar lixo na rua ou andar com o braço para fora da janela, no entanto, é a atividade mais perigosa, pois diminui os reflexos do motorista.

Segundo uma pesquisa divulgada pela Universidade de Utah, nos Estados Unidos, checar o celular toda hora aumenta em 400% o risco de acidente. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Ortpedia e Traumatologia realizou uma enquete que atestou que 84% dos motoristas têm o hábito de dirigir e falar ao celular, embora todos estejam conscientes de que esse é um comportamento perigoso.

Utilizar fone de ouvido no carro é igualmente prejudicial, de acordo com alguns especialistas, pois também tiram parte da atenção do motorista. A lei que considera usar celular ao volante uma infração de gravidade média é de 1995, quando os celulares no Brasil eram pouco mais de 4 milhões, hoje, chegam a 265 milhões.

Segundo os especialistas, uma pessoa demora 2,5 segundos para começar a frear diante de um imprevisto na rodovia, com o carro a 80 km/h ou a 100 km/h leva 1,5 segundos para perceber um obstáculo inesperado e 1 segundo para reagir. Caso a pessoa esteja na cidade, o tempo de reação é menor; 0,75 segundos. Os pesquisadores descobriram que o condutor leva 2 segundos para digitar dois algarismos no celular. O motorista tira os olhos da via por 2 segundos, acessa duas teclas, olha de novo para a pista e, assim sucessivamente.

E para quem argumenta que apenas checa quem está ligando, uma pesquisa da FEI calculou  o tempo necessário para o motorista pegar o telefone – no banco do passageiro – e ler o número de quem está chamando. Os estudiosos descobriram que são necessários 4,5 segundos. O tempo é cinco vezes maior do que o necessário para o motorista ver um obstáculo e reagir a ele para evitar uma colisão ou um atropelamento na cidade, que podem ser fatais.

Para os pedestres também há risco de acidentes associados ao uso do celular. A distração pode fazer com que atravessem sem olhar para os dois lados e não estejam atentos se o sinal está vermelho para os carros, aumentando o risco de atropelamentos.

O ideal é que se o uso do aparelho de celular seja urgente, o motorista encoste o carro e o pedestre pare em algum lugar seguro na calçada, realize a atividade e depois siga o seu caminho com atenção.

Com a ajuda e a atenção de todos, podemos fazer um trânsito mais seguro! 

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